ALCAPARRAS (CAPERS, KAPERN, CÂPRE, CÀPPERO).
O autor responde: sergio.di.petta@cmg.com.br
Envie para o autor suas dúvidas sobre plantio, colheita e cura da alcaparra e o seu uso no preparo dos pratos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

5. OLIVEIRAS (3)


                                        
MAGNIFICA VISTA DE UMA PROPRIEDADE RURAL NA TOSCANA, ITÁLIA, ONDE SE DISTINGUEM AS OLIVEIRAS, COM SUAS FOLHAS ARGÊNTEAS, DISPERSAS COMO EM UM JARDIM INGLÊS.

OLIVEIRAS, final.
Passaram-se quase dez anos desde que desisti de plantar oliveiras, mas felizmente alguma coisa de positivo foi feita durante esse tempo.
Fui convidado a participar de um dia de campo na EPAMIG, em Maria da Fé, Sul de MG. Foi um dia de otimismo. Acho que começamos a andar no caminho certo. As velhas oliveiras das ruas e praças ainda estavam lá para comprovar o tempo decorrido desde os primeiros ensaios. Nos canteiros experimentais da EPAMIG as oliveiras estavam em produção, entretanto as olivas ainda não tinham a beleza e qualidade daquelas do Mediterrâneo o que, a meu ver deixa de ter importância frente à façanha extraordinária de conseguir produzir mudas em quantidade e qualidade. É justamente isso que os pequenos produtores rurais precisam. Mudas a preços convenientes e em quantidade. Essa é a obrigação dos órgãos governamentais. Aos pequenos e médios produtores incumbe experimentar novos climas, terras novas, outras latitudes e altitudes, novas técnicas, pois essa será sempre uma aventura do ser humano solitário, sonhador, alavanca de todo o progresso do mundo.
Congratulações à equipe da EPAMIG que conseguiu sistematizar a propagação da oliveira por enraizamento de estacas semi-lenhosas. Mais importante, porém, é colocar no mercado milhares de mudas a preços que o pequeno produtor possa pagar. Essa expansão da cultura em lugares diferenciados fará a adaptação da planta exótica e mostrará o caminho a seguir.
Para finalizar este pequeno comentário dirijo-me aos meus fieis seguidores, aqueles que gostam de azeitonas, para lhes dizer que todas as olivas, pretas ou verdes, vendidas em supermercados e conservadas na água de sal, nada tem a ver em sabor com aquelas que se comem na Europa, tratadas artesanalmente.
Francamente, não vejo a hora de podermos ter nossas próprias azeitonas. Somente assim poderemos sentir, de fato, o gosto de azeitonas frescas, consistentes, sem aquela quantidade enorme de água salgada. Di Petta,13.11.10.

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