ALCAPARRAS (CAPERS, KAPERN, CÂPRE, CÀPPERO).
O autor responde: sergio.di.petta@cmg.com.br
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

53. As chuvas e o lençol freático.


Foto 1

Foto 2












Nunca será demais abordar este assunto. A existência plena da vida animal, homem incluído, depende da existência dos vegetais para os quais as chuvas ou, de uma maneira ampliada, o clima, têm uma importância fundamental.
Os especialistas têm notado mudanças climáticas importantes ocorridas nos últimos cinqüenta anos. Temperaturas médias em ascensão e falta, ou descontrole, no regime normal de chuvas foram constatadas em quase toda a esfera terrestre. A pergunta que fazemos é: seriam essas alterações decorrentes de uma normal periodicidade, ainda a ser estudada com mais detalhes ou, então, proveniente das alterações patrocinadas pelos humanos, tais como emissões de gases industriais, desmatamentos e quejandos?
Vejam a foto nº 1. Em primeiro plano temos uma área de pasto. Mais adiante o que restou da mata atlântica, parcialmente recoberta com vapores de água em ascensão. Devido à chuva do dia anterior, a água que ficou retida pela densa mata evapora e sobe para formar nuvens de chuva que, levadas pelos ventos, irão cair novamente sobre a terra. Repare que toda a chuva que caiu no cocuruto careca do morro em primeiro plano, pretenso pasto, escorreu rapidamente em direção a riachos e rios, às vezes ocasionando inundações.
A foto nº 2 nos mostra uma área que, antes completamente recoberta por densa floresta, agora desmatada para servir de pasto. O comportamento das áreas em relação ao destino das águas pluviais é completamente diferente. A área à esquerda, com densa vegetação, armazenará a umidade das chuvas que penetrarão no solo alimentando o lençol de águas sub-superficiais, além de propiciar a evaporação formadora de novas nuvens de chuva. Na área à direita, com pasto de grama rala e apiloada pelo andar do gado, as águas da chuva correrão céleres para inundar algum baixio, às vezes com habitações. Pouca ou nenhuma água penetrará no solo.
O desmatamento de áreas com vegetação, como a da foto 2, e sua transformação em pastos que podem alimentar, se tanto, três cabeças de gado por alqueire, não é uma solução muito racional e com certeza trará conseqüências indesejáveis. Mais coerente e lógico sempre será a criação intensiva ou semi-intensiva que, sem sombra de dúvida, é mais econômica e agride menos a natureza.

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