ALCAPARRAS (CAPERS, KAPERN, CÂPRE, CÀPPERO).
O autor responde: sergio.di.petta@cmg.com.br
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

54. Madeira na pequena propriedade


Foto 2

Foto 1













Foto 3


Há mais de vinte anos plantei os chamados pinheirinhos de cerca, que na realidade são cupressus sempervirens ou lusitânica etc. e que, sem a devida poda, tornaram-se árvores enormes. Com raízes fracas e superficiais alguns foram derrubados durante uma tempestade com forte ventania e tivemos que cortá-los.
Picar toda aquela madeira e transformá-la em lenha não era a melhor solução uma vez que se trata de madeira leve e dizem, faz muita fumaça, imprópria para queimar. Decidimos então aproveitá-la retirando algumas tábuas e vigas com a moto-serra.
O tronco a um metro de altura tinha um diâmetro de 40 cm, e a casca é bastante fina o que é bom, entretanto apresenta muitos nós devido a grande quantidade de galhos. Alguns “especialistas” opinaram que não valia à pena perder tempo com aquela madeira, contudo após o corte mandei aparelhar e lixar algumas tábuas e vigas. A conclusão que cheguei contraria totalmente a idéia que se faz do aproveitamento do cipreste como madeira para movelaria e outras finalidades. Na foto 1 se vê uma viga de cipreste apoiando um pequeno telhado, mas esse não seria o uso mais apropriado para essa madeira. Na foto 2 mostra uma tábua de 10 cm. A madeira tem um aspecto bastante estético, é facilmente usinável, não lasca, responde bem a lixadeira e o importante, é muito leve. Pesa em torno de 430 kg por m³, portanto a metade da densidade da corímbia citriodora! Ela tem uma única inconveniência, os nós. Os nós pequenos não racham ou se destacam e melhoram o visual da madeira, mas os nós grandes, e são muitos, às vezes se destacam e constituem pontos de enfraquecimento inviabilizando o uso do material.
O rápido crescimento do cipreste, a excelência da madeira, seu peso, a facilidade de usinagem nos leva a refletir que a pura e simples eliminação dos nós transformaria essa árvore em uma importante fornecedora de material para a indústria moveleira. E vejam que eu estou pensando em móveis feitos de madeira maciça e não em agregados ou mdf etc.
A eliminação dos nós poderia ser facilmente realizado cortando os galhos até uma altura conveniente durante o crescimento da planta. Cortá-los quando já crescidos não resolve o problema. É claro que realizar esse trabalho em um milhão de árvores é tarefa impossível, mas nas pequenas propriedades cuidar de uma centena ou mais dessas árvores para obter uma madeira de boa qualidade não é serviço complicado.(continua)

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