ALCAPARRAS (CAPERS, KAPERN, CÂPRE, CÀPPERO).
O autor responde: sergio.di.petta@cmg.com.br
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quinta-feira, 10 de julho de 2014

99. ALCAPARRAS (25)


A foto 8545 mostra a plantação de alcaparreiras. Como estamos no mês de julho, inverno, o normal seria que as plantas estivessem em dormência e quase sem folhas, identicamente às videiras, e de fato algumas estão. As plantas das fotos 8553, 8554 e 8555, com mais de 10 anos, estão dormentes e quase sem folhas, aguardando a poda que farei provavelmente neste minguante de julho. As outras são plantas mais novas, de dois e três anos, e estão vegetando, florescendo e produzindo botões florais e sementes como se estivessem na primavera/verão. Na experiência que fiz do ano 2000 a 2004 (livro “O cultivo de alcaparreiras”), essas mesmas plantas, hoje com mais de 12 anos, também floresceram fora de época, mas parece que “apreenderam” ou se adaptaram ao clima e hoje entendem que seu necessário descanso obrigatório pode ser realizado neste nosso inverno mais ameno, com temperaturas, às vezes, acima dos 25 graus, o que não acontece, absolutamente, nos locais de origem onde as estações do ano são bem determinadas, e a temperatura no inverno é  bem mais baixa.

É temerário se dizer que uma planta tem a capacidade de apreender em uma época que se discute se os animais têm essa capacidade de per si. Talvez se possa dizer que se adaptaram ao clima e solo, o que é a mesma coisa e preconcebe um sistema de detecção das variações do ambiente e conseqüente correção dos hábitos. Uma loucura, se pensar bem. Deixo aos especialistas mestres e doutores essa pesquisa. A minha conclusão é que a alcaparreira está se aclimatando, combatendo seus novos algozes, fungos vírus e bactérias, além dos insetos e logo poderá se transformar em uma invasora, para felicidade daqueles que gostam de peixe ao molho de alcaparras. Julho 2014.

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