ALCAPARRAS (CAPERS, KAPERN, CÂPRE, CÀPPERO).
O autor responde: sergio.di.petta@cmg.com.br
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sexta-feira, 6 de julho de 2012

76. Eucalipto (3)





O eucalipto citriodora tem esse sobrenome porque os perfumes de seus óleos aromáticos recendem a frutas cítricas, entretanto mudou de nome. Agora é uma Corímbia, não se hibrida com os eucaliptos, mas suas características muito se aproximam. São parentes próximos. Seu fuste, ramos e folhas se igualam. A madeira é densa e resistente e apesar de variações cromáticas tem a aparência do jacarandá mineiro. Inicialmente cultivado para extração do óleo de suas folhas, muito usado em saunas, agora tem sido plantado também para substituir a peroba na construção de telhados. Não é vegetal de crescimento rápido como o eucalipto híbridado com o grandis, mas aos 20 a 25 anos seu DAP (diâmetro na altura do peito) pode chegar a 1,80m. O mais importante, porém é que possibilita o corte de vigas e caibros de grandes comprimentos sem torções ou empenamentos.

O produtor rural, pequeno ou grande, sentindo a escassez de madeiras de nossa reserva natural procura, avidamente, uma espécie que possa substituí-las. Fala-se no guanandi, excelente como substituto do cedro ou do mogno, entretanto como se trata de vegetal de nossa flora, é preciso muito cuidado para investir nesse reflorestamento. Lembrem-se do descendente de japoneses que plantou mogno, há trinta anos, para custear a universidade da neta e depois foi proibido de cortá-los. Os débeis mentais continuam atrapalhando o desenvolvimento do país. O melhor é plantar eucalipto (corímbia) que é uma espécie exótica.

Algumas madeiras de nossa flora são atacadas por brocas que, às vezes, atacam também árvores exóticas. Os vegetais se defendem como podem, mas se a broca se infiltrar no cerne e abrir galerias a madeira tornar-se-á imprestável para a indústria moveleira. O plátano, madeira muito utilizada na Europa e Norte America, na região do sul de Minas Gerais é altamente atacada pela broca que acaba inutilizando a madeira.

Até onde eu sei os eucaliptos comumente plantados em nossa região não são sensíveis a essa praga, exceto a Corímbia. O inseto alado coloca seus ovos até alturas de dois a três metros e a lagarta resultante perfura o ebúrneo. Foto 1. Não sei, ainda, se chega ao cerne, mas a árvore se defende vertendo a seiva que coagula em contato com o ar trancando o orifício. Algum tempo depois o ferimento cicatriza. Não tenho encontrado sinais de perfuração nas toras de citriodora desdobradas, mas acho que é necessário um estudo mais aprofundado para constatar os efeitos do ataque do inseto. Em experiência de prospecção à profundidade dos furos, na maioria dos casos, a perfuração não passou de 1 cm. Entretanto encontrei uma perfuração com 5 cm mas que estava sendo atacado pela abelha arapuá e a seiva, muito liquefeita, não conseguia coagular. Tudo indica, salvo melhor estudo, que o ataque se restrinja a casca.









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