A
velocidade do tempo que passa é diretamente proporcional à idade que temos. Já
estamos batendo à porta do Natal de 2013. Nesta época, nossa ascendência
européia nos faz pensar em nozes, avelãs, castanhas e amêndoas, sementes
oleaginosas próprias para se comer durante o inverno, às vezes rigoroso, no
velho mundo. No Brasil o inicio do verão tem se caracterizado por temperaturas
acima dos 30 graus centigrados, tornando totalmente impróprio o consumo exagerado
de sementes ou frutas secas. Nós temos um sem número de frutas tropicais com
excelente qualidade e preços razoáveis mas, ainda seguindo a tradição,
procuramos por cerejas cujo preço atinge soma estratosférica. Pergunto: por que
não desenvolvemos a nossa cereja genuinamente brasileira, natural da mata
atlântica, a grumixama? Vejam na foto
8040 o tamanho e a qualidade dessa fruta ainda desconhecida dos brasileiros. Ela
ainda tem uma casca um pouco grossa e pouca polpa se compararmos às cerejas.
Ocorre que precisam ser desenvolvidas e melhoradas. As cerejas em sua origem
também não eram como agora se apresentam. Vai aí um recado à Embrapa. Que tal
trabalhar acreditando nessa nossa fruta?
Este
ano não colherei lichias no natal. Na foto 8042 vemos o anverso das folhas da
planta todo tomado por um provável fungo parecido com a camurça que ataca
galhos das cítricas. O fungo deforma as folhas e ataca também os frutos. Como
as árvores são muito grandes a pulverização se torna um tanto trabalhosa. Estou
estudando uma solução. Se algum seguidor souber como eliminar a praga, por
favor, entre em contacto.
Este
é um blogue que, em sua essência, trata do assunto alcaparras. Temos visto como é difícil fazer germinar as
sementes, mas principalmente, uma vez germinadas, conseguir que as plântulas
vinguem. Pois bem, lavamos as caixas que usamos para semear alcaparras e as
sementes que não germinaram (em um ou dois anos), as vezes caem ao chão
juntamente com a água da lavagem e escorre pelo cimentado, em geral mantido
seco Três sementes que pararam em uma
nesga de terra de uma rachadura do cimentado ali nasceram e estão se
desenvolvendo! Essa é uma prova insofismável que as alcaparreiras poderão se
tornar plantas invasoras em nosso país, em locais de pouca umidade e baixo índice
pluviométrico, isto é, em um clima semi-árido. Não sei o que as entidades
governamentais estão esperando para introduzir alcaparreiras em nosso nordeste,
tanto para deixarmos de importar como para fixar o sertanejo no campo. A bolsa
“qualquer coisa” não é solução sustentável muito menos ética ou moral. O
sertanejo precisa de apoio para trabalhar e ganhar e, certamente, a
alcaparreira poderia ajudá-lo.
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