Quem sai de São Paulo em direção
ao Rio pela rodovia Airton Senna verá, principalmente no lado direito, pastos
repletos de cupinzeiros como se fossem de propósito plantados (foto 1). São
centenas e, em alguns lugares, milhares, quase um em cada metro quadrado. São
terrenos utilizados para a criação de gado durante muitos anos, cujo solo,
apiloado pelas patas dos animais, não vê um arado há muito tempo. Em
decorrência do endurecimento do solo e o ataque dos cupins a vegetação, às
vezes braquiária, cresce mofina e as águas das chuvas, sem poder penetrar no
solo duro, escorre rapidamente para as vossorocas.
Grandes extensões sem árvores.
Nenhum bosque onde possam sobreviver alguns tamanduás, tão necessários para
fazer o controle dos cupins que se multiplicam de uma forma assombrosa. Esses
pastos estão, com certeza, abandonados ou subutilizados e a prova maior é o
grande número de cupinzeiros. Um pasto cuidado necessita, de tempos em tempos,
de um subsolador para afofar o terreno e permitir a penetração das águas
pluviais e nessa hora, certamente, os cupinzeiros seriam destruídos. Os cupins
vivem das raízes das plantas.
Quem pretender iniciar um
reflorestamento com eucaliptos não deverá se preocupar somente com formigas
saúvas; estas cortam a parte aérea das mudinhas. Os cupins devoram as raízes.
Para minimizar o ataque de cupins durante a plantação é necessário colocar, na
cova, juntamente com o adubo de enraizamento, um pouco de cupincida em pó. Apesar desse
cuidado às vezes poderá acontecer de alguma mudinha secar logo no primeiro mês
após a plantação. Pode ocorrer também um desenvolvimento lento, não
acompanhando o ritmo das outras plantas e isso se deve ao ataque de cupins. Na
foto 2 temos uma muda recém plantada seca. Ao arrancá-la da terra veio junto um
cupim agarrado a sua pequena Raiz. A foto 3 mostra a raiz de uma planta com
três meses fortemente atacada por cupins que roeram completamente suas raízes.
As perdas decorrentes do ataque
de cupins, em um reflorestamento com eucaliptos, podem ser assaz relevantes se
levarmos em conta as árvores que tem seu crescimento retardado por ataque de
cupins em suas raízes. Esses vegetais não chegam a morrer, mas têm seu
desenvolvimento retardado em relação aos que lhe estão próximos perdendo,
portanto, a insolação e, com a diminuição da fotossíntese permanecem vivos, mas
não se desenvolvem.
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