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Na foto 1, temos uma Opuntia ficus-indica com 10 anos e proveniente de semente de origem Itálica. Trata-se da não muito conhecida figueira da índia que, provavelmente, tem origem mexicana, espécie dispersada por espanhóis e portugueses em suas aventuras durante o século XVI. Esse figo, de polpa macia e doce, envolvida por uma casca cravejada de pequenos espinhos é, com certeza, um amor antigo. Eu, sempre a procura de frutas com sabores inusitados, encontrei, há mais de cinquenta anos, frutos muito coloridos à venda em uma feira da Lapa, São Paulo. Foi uma experiência dolorosa pois os quase invisíveis espinhos que revestem os figos fixam-se firmemente em nossa pele e causam bastante incomodo. Em 1974 durante uma viagem ao México em visita a tenochtitlan avistei, a distancia, uma figueira com frutos vermelhos brilhantes. Não resisti, fui até o local. A planta era uma opuntia, entretanto os figos, túrgidos, não apresentavam os pequenos espinhos. Não pude deixar de experimentar!
As cactáceas evoluíram em climas desérticos onde o prazo de recorrência das chuvas não se media em dias ou meses, mas em anos! Adaptaram-se. São suculentas porque armazenam água para os períodos de seca. No caso da opuntia, as folhas não mais existem e as palmas constituem os ramos (galhos) clorofilados. O próprio fruto, ao nascer, não sabe se será um novo galho ou uma fruta deliciosa. Foto 2.
A evolução conduz, às vezes, vegetais e animais por descaminhos verdadeiramente mágicos. (continua)
o que há de comum entre a figueira da india e a palma forrageira muito usada na pecuária de certa regiões brasileiras ? fernando
ResponderExcluirA opuntia ficus-indica é usada como forrageira e tem uns 11% de proteina. Nopalea cochinilia é sinonímia da opuntia. Pelo que entendi a palma nordestina é descendente daquela trazida para a criação das cochinilias produtoras do carmim, e que não deu certo. Hoje existem alguns cultivares usados como forragem.
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