MAGNIFICA VISTA DE UMA PROPRIEDADE RURAL NA TOSCANA, ITÁLIA, ONDE SE DISTINGUEM AS OLIVEIRAS, COM SUAS FOLHAS ARGÊNTEAS, DISPERSAS COMO EM UM JARDIM INGLÊS.
OLIVEIRAS, final.
Passaram-se quase dez anos desde que desisti de plantar oliveiras, mas felizmente alguma coisa de positivo foi feita durante esse tempo.
Fui convidado a participar de um dia de campo na EPAMIG, em Maria da Fé, Sul de MG. Foi um dia de otimismo. Acho que começamos a andar no caminho certo. As velhas oliveiras das ruas e praças ainda estavam lá para comprovar o tempo decorrido desde os primeiros ensaios. Nos canteiros experimentais da EPAMIG as oliveiras estavam em produção, entretanto as olivas ainda não tinham a beleza e qualidade daquelas do Mediterrâneo o que, a meu ver deixa de ter importância frente à façanha extraordinária de conseguir produzir mudas em quantidade e qualidade. É justamente isso que os pequenos produtores rurais precisam. Mudas a preços convenientes e em quantidade. Essa é a obrigação dos órgãos governamentais. Aos pequenos e médios produtores incumbe experimentar novos climas, terras novas, outras latitudes e altitudes, novas técnicas, pois essa será sempre uma aventura do ser humano solitário, sonhador, alavanca de todo o progresso do mundo.
Congratulações à equipe da EPAMIG que conseguiu sistematizar a propagação da oliveira por enraizamento de estacas semi-lenhosas. Mais importante, porém, é colocar no mercado milhares de mudas a preços que o pequeno produtor possa pagar. Essa expansão da cultura em lugares diferenciados fará a adaptação da planta exótica e mostrará o caminho a seguir.
Para finalizar este pequeno comentário dirijo-me aos meus fieis seguidores, aqueles que gostam de azeitonas, para lhes dizer que todas as olivas, pretas ou verdes, vendidas em supermercados e conservadas na água de sal, nada tem a ver em sabor com aquelas que se comem na Europa, tratadas artesanalmente.
Francamente, não vejo a hora de podermos ter nossas próprias azeitonas. Somente assim poderemos sentir, de fato, o gosto de azeitonas frescas, consistentes, sem aquela quantidade enorme de água salgada. Di Petta,13.11.10.
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